27 abril 2010

Dia 10 - 24/04/2010 – Amatillo a Granada (Nicaragua)

Conseguimos entrar no território de Honduras as 11:30 da manhã, depois de gastos 700 dólares em propinas e assim fomos por todo o país, sendo estorquidos por cada policial, até 170 km depois, quando alcançamos a fronteira com a Nicarágua.
A corrupção em Honduras está crítica, endêmica, os policiais tem esquemas com os agentes aduaneiros e estes com os agentes de imigração, sendo o dinheiro pedido e tomado até na frente das crianças, garantindo a continuidade do atraso.( a extorção é cultural nesse país, eles passam de pai pra filho, como herança).

Após tanta raiva, começamos o dia numa balada calma, cada um remoendo a sua maneira o trauma de um país sem dono.
Aos poucos o ritmo foi aumentando e nas serras da Nicarágua, com curvas bem feitas, pudemos esquecer de vez a manhã negra e curtir nossas motos e a delícia de pilotar uma viagem que já está acabando e parece que só começou.

Honduras não é tão bagunçada como a Guatemala, mas também não tem nada, nem agricultura, nem indústrias e isso fica gritante ao se cruzar a fronterira e achar uma Nicarágua com uma economia em movimento, belas fazendas, cidades com comércio movimentado e algumas indústrias.
Não nos levaram dinheiro na fronteira da Nicarágua, as estradas são boas, sem pista dupla, mas com bons desenhos e um trânsito calmo e organizado.
Rodamos 250 km neste país e o que vimos agradou, bem policiado e bem cuidado.

Cruzamos com um canadense de bicicleta, vindo do Alaska para Ushuaia, sem interrupções, um herói! E muito quente em cima das motos, imaginem pedalando.
Desde o México, em todas as estradas, cruzamos com animais pastando nos acostamentos, parece uma coisa normal na América Central.
Hoje vimos uma caminhonete porrada com um boi em cima.
Costume estranho.

Chegamos a Granada, já no sul da Nicarágua, a 150km da fronteira com a Costa Rica, uma bela cidade e que ainda por cima nos recebeu com um hotel maravilhoso, divinamente decorado num estilo colonial de luxo, boa piscina e bom vinho, quase dava para esquecer os assaltos de Honduras.


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