23 abril 2010

Dia 8 - 21/04/2010 – Matias Romero - Escuintla (Guatemala)

DIA DE CÃO !!!!
Sim! Mudamos o título!
O dia de cão! Calor, muito, muito, calor.
A civilização acaba com o México.
Aqui na Guatemala, um Paraguai, bem piorado, vale tudo no trânsito, os caminhões ultrapassam por cima de você, os buracos se sucedem a cada meio metro de pista, pista???.

Todos os carros salvados e ônibus escolares aposentados dos EUA, estão aqui !
Fomos estorquidos na aduana, no posto de gasolina, em todo lugar!
Aqui é o inferno!
Deixamos o hotel logo cedo e pilotamos mais 450km em direção a fronteira sul do México, beirando a costa oeste do país.
O extremo sul, região de Chiapas, é uma região mais pobre, lembrando a zona da mata nordestina.
 
Fomos parados num fechamento de estrada pelos sem terra mexicanos.
Passamos entre os carros até a frente da fila e logo fomos ameaçados por homens e mulheres armados de paus e foices.
Após dez minutos, mais uma vez os mexicanos nos surpreenderam e decidiram que nós, brasileiros, não tínhamos nada com isso e abriram caminho entre as pedras para passarmos, foi nosso último contato com um povo civilizado.

O calor aumenta mesmo após o meio dia, parece o Chaco paraguaio no Rally do Chaco, o mesmo abafado insuportável e ao entrar na Guatemala caimos direto no inferno.
Foram quase quatro horas parados sob um sol escaldante e não haviam outros carros para fazer alfândega além de nós.

Finalmente conseguimos o ingresso na Guatemala após estorquidos em cem dólares cada um.
A partir dai caimos numa estrada que começava e acabava sem aviso prévio, carros velhos e caminhões surgiam de de todos os lados, motos, cavalos, bicicletas, buracos, muitos buracos e para completar choveu....e como não evoluiamos, anoiteceu e agora sim, pense no inferno!

Paramos a 50 km da Cidade da Guatemala, numa cidade chamadaXXX, a primeira decente que encontramos, 200Km após a maldita fronteria.
Nos surpreendemos para melhor com o México e para pior com a Guatemala, não pensamos que algum país nas américas pudesse ser pior que a Guiania ou Paraguai.

Chama atenção as crianças largadas, sem cuidado, não aos poucos, nos sinais, mas todas, o tempo todo.
Tiramos fotos de um menino de cinco anos, vendedor de balas, sem sorrir, nem a pedido.
Tudo isso nos faz pensar na importância de mantermos nossa lucidez, civilidade mínima, educação, trânsito racional.
Lembramos das nossas cidades, algumas sujas igual, loucas igual, que precisamos resgatar, mas ainda racionais e com alguma educação.
De típico, nos 200km de Guatemala rodados, vimos muita cana e bananeiras e aqueles ônibus de filme, muitos deles, com porcos e galinhas amarrados no teto, não tiramos fotos, melhor esquecer...
Até amanhã.. vamos torecendo...


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