14 abril 2010

Dia 2: Whittier - Palmer


A ÚLTIMA FRONTEIRA


Neste primeiro dia de viagem foi com quase tudo que se podia esperar do Alaska: chuva, muita chuva, temperatura perto de zero grau e o sul da província para conhecer.

Deixamos o hotel às sete da manhã e seguimos para o sul de Anchorage, rodando rumo à província de Kenai.

Apesar da chuva forte e do frio, a estrada contornando o lago Turnagain apresenta uma traçado gostoso de pilotar e um visual estonteante.


Pilotar uma moto se assemelha a pilotar um avião de caça, guardadas as proporções de velocidade, os sentidos devem correr a nossa frente, os olhos, a mente, devem andar alguns segundos antes do nosso corpo ou a máquina nos atropela, como dizíamos no esquadrão de vôo, não há tempo para corrigir o agora, apenas o depois.

Mas a compensação é sentir seu corpo se ligando a máquina, senti-la atendendo seus pensamentos, inclinando, manobrando como se seu corpo fosse.

Hoje tivemos este prazer sob chuva, naquela estrada perdida no fim do mundo.


Conhecemos um túnel suigeneris, possui uma única pista com vários quilômetros.

A cada meia hora o trafego vai em um sentido, as vezes em nenhum para os carros, pois também passa o trem.

As motos só podem entrar após o último carro, pois além dos trilhos a pista é extremamente escorregadia, molhada e tem pedras.

Ainda bem que a coordenação do tráfego não era paraguaia.


Ao fim do túnel encontramos a cidade de Whittier, parece aquelas cidades de filmes do Alaska, pretendíamos pegar ali um navio para Valdez cruzando os Glaciers, mas não deu certo, após o mês de agosto, fim do verão, só sai duas vezes por semana e não era hoje, erramos!

Mas tomamos um café bem quente numa típica cabana de pinheiros, bem aquecida.

Voltamos do sul praticamente pelo mesmo caminho, mas ainda assim com novas surpresas. Avistamos a corrida dos salmões, tentando sobreviver as aves que os pegavam no ar, num rio de águas azul claras, impressionante!


Andamos sob a chuva até onde pudemos aguentar.

Apesar dos abrigos térmicos, roupa especial da BMW, roupa de borracha do Alaska por cima e tudo mais, ao fim da tarde os ossos começaram a congelar, compulsoriamente paramos em uma pequena cidade ao Norte, Palmer.

O hotel chama-se Caboose Lodge, é todo de madeira, de três andares, simples, mas aconchegante e... quente.


Agora, em frente a lareira, com um Jack Daniels na mão, já achamos que a ultima fronteira não é, afinal, assim tão longe.

Amanhã lá vamos nós mais para o Norte, a cidade de Tok deve ser o próximo pernoite, bons sonhos!.

Para ver mais fotos dessa etapa clique: AQUI


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