As pessoas fantasiam as aventuras, o glamour, a moto na estrada, o sol iluminando a paisagem estonteante, mas quando se aventuram topam com a dura realidade da tempestade forte, da viseira embaçada, da chuva na cara, que nos acompanhou por uma terça parte do percurso até perto de San Antonio.
San Antonio, a ‘Veneza Americana”, com seus canais navegaveis, bares charmosos e o Fort Alamo, símbolo da luta americana, tudo fantástico, belezas que conhecemos em outras viagens, pois nesta passamos apenas pelo contorno, deixando a US10 pela US35 em direção ao sul.
A US35 segue até a fronteira sul do Texas, num deserto completamente plano e com uma vegetação similar a do Sertão do Brasil.
Andando ali e possível imaginar a jornada dos imigrantes ilegais em direção ao sonho americano.
Apos 650Km rodados, chegamos a Laredo na fronteira com o México, do outro lado do rio encontramos a Nova Laredo, uma cidade bem de fronteira, parecendo a fronteira Brasil Uruguai.
A burocracia de imigração nos tomou umas duas horas e 60 dolares em taxas, muitas idas e vindas para descobrir onde e como cumprir os ritos burocráticos.
A surpresa foi uma auto estrada nova e bem pavimentada, nos moldes americano, que se estendeu ate Monterrey 200 km depois, mas sem uma alma viva, nenhuma cidade, nem um posto de gasolina, so deserto.
O deserto do Texas se repete pelo México adentro, ate que a 150 km da fronteira aparecem imensas montanhas, no que acredito ser uma continuidade da cadeia dos Andes.
Com 850km no odômetro, chegamos a Monterrey, a primeira grande cidade mexicana, com Wall Mart, Best By, Mc Donald’s e todas as outras marcas do norte, mas o visual e diferente, o trânsito meio caótico, as ruas sujas, enfim, a cidade tem tudo, mas não agrada.
O dia que começou com tempestade vai terminar agora em comida mexicana e tequila, mas sem exageros, pois ainda faltam 4.000km ate o Panamá.
19 abril 2010
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