DE MIAMI A ANCHORAGE - ALASKA
Voamos por toda a vida, mas este vôo entre Miami e Anchorage foi terrível.
Foram três horas até Dallas, num familiar, mas não menos apertado Embraer 195.
De Dallas até Anchorage mais sete horas num Boeing 757 bem velho e com comissária cobrada, saudades da TAM.
Fomos os últimos a embarcar em Dallas e ao entrarmos no avião lotado, deparamos com dezenas de cabeças com bonés, metade de pescador e outra metade de caçador, alguns, na verdade tinham além do boné toda a roupa de caçador, passageiros estranhos, bem diferentes dos nossos conterrâneos da Ponte Aérea.
Durante o vôo aprendemos que o Alaska tem 50 anos.
Foi admitido, pelo presidente Eisenhower, na união dos estados americanos em 1959, como o 49o estado.
Desconfiamos que já existisse antes, mas preferimos não contradizer o velho ao nosso lado que continuou nos ensinando que a governadora foi candidata a vice-presidência e que a cidade de Anchorage, nosso destino, tem um dia de até 20 horas no verão e de até cinco horas no inverno.
Apesar dos apenas 50 anos, somente 10% da população de 283 mil pessoas é nativa.
O vôo já nos deu um certo arrependimento por termos ido tão longe, mas o velho nativo resolveu ajudar e nos alertou que moto era muito perigoso no Alaska, os degelos traziam areias bem finas para as estradas (quicksand), perfeitos para escorregar, os alces e veados aparecem do nada no meio da rodovia e não chegue perto dos ursos, são perigosos!
Não levamos toda essa conversa muito a sério, afinal, são "istórias" de pescadores e caçadores, mesmo porque não temos passagem de volta e já estamos chegando, no horizonte as montanhas brancas de Anchorage.
DAY OFF EM ANCHORAGENosso primeiro jantar em Anchorage foi a moda, Caranguejo do Alaska, direto do Mar de Bering e muita cerveja, esta parte o Gasolina iria adorar.
O primeiro dia foi livre, só turismo.
A cidade de Anchorage é tipicamente americana e se diferencia pelo estilo das casas, de madeira com dois andares e pelos esquimós encontrados aqui e ali.
Não visitamos os três museus existentes, inclusive um de aviação, com um caça na frente, mas passamos na porta de todos.
Achamos um distrito de convenções bem moderno, com calçadas aquecidas e cobertas ligando os prédios dos dois centros.
Não existe loja da Apple, tivemos que desistir do nosso Mac que travou e comprar um PC.
A grande surpresa foi o Lake Hood, lotado de aviões anfíbios, um paraíso da aviação.
Não resistimos e fretamos um vôo, surpreendente, sobrevoamos os glaciers, as montanhas congeladas, brancas até onde a vista alcança.
Fomos do topo das montanhas a 12 mil pés de altitude até os campos no nível do mar, com alces correndo e ursos pescando salmões nas encostas das montanhas, uma vida selvagem bem diversa.
O vôo foi tão emocionante que nem percebemos que durou três horas e os pousos nos lagos pareceram tão naturais como em uma pista pavimentada.
Dia de folga para uns e problemas para outros.
Acordamos o dono da loja da BMW logo cedo, eles trabalham no final de semana e hoje eles não abrem, ou não abririam, pois teve que nos entregar as motos e fez isso com muita atenção, atendendo todas as nossas solicitações de ajustes com bom humor e paciência, parabéns ao Dan pelo atendimento.
Amanhã começamos a viagem, a princípio dentro do próprio Alaska, vamos explorar os interiores. Não se preocupem, ficaremos longe dos ursos... Abraços e até amanhã.
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Olá,
ResponderExcluirParabéns pelo relato e as fotos.
Fiquei curioso para saber a questão das motos, se foram alugadas, compradas ou se foram enviadas de que local para o Alasca, e de que forma.E, obviamente, qual o custo.
Grato
Evanio Machado