CORES E CHEIROS
Acordamos sobre chuva forte, mas após 10 km fora da cidade de Palmer, SOL!!!!
Pouco sol, mas pelo menos a chuva parou.
O frio, por outro lado, foi abaixo de zero, uma delícia, estávamos mais preparados, quase plastificados.
O visual do dia pagou por toda a viagem, serras e mais serras, montanhas e rios congelados, florestas coloridas do amarelo ao vinho, passando pelo vermelho vivo, um contraste de cores alucinantes, emoldurando as montanhas brancas entre o céu azul... e branco.
Uma das maravilhas da motocicleta é o cheiro dos lugares, que entram diretamente em nossas narinas, das matas que passam, dos rios, das cidades, fábricas.
Cheiros bons, ruins e terríveis, terríveis como o cheiro de óleo nas pistas.
Todo motociclista conhece este cheiro e se arrepia.
No Alaska ele é uma constante, não sei porque, imagino que os carros são na maioria muito velhos e as pistas....cheias de óleo, mas aquela areia que o nativo falou no avião só encontramos nos acostamentos.
O Alaska é belo, lindo, diferente, mas acima de tudo grande, imenso, impressionante para cada lado que se olha.
Hoje cruzamos com um grupo de motociclistas em sentido contrário, todos com motos BMW, no mesmo estilo dos Europeus que encontramos no Deserto do Atacama em janeiro, mandam as motos de navio para o mundo todo e passeiam, acho que estão se multiplicando.
Quando fazíamos o Rally dos Sertões sempre imaginávamos como as pessoas podiam morar tão isoladas.
Tão distantes de qualquer coisa civilizada.
Agora acho o Sertão e suas casinhas no meio do nada são uma boa alternativa, aqui sim existem pessoas morando no meio de coisa nenhuma.
A nossa cidade de destino, que seria a maior num raio de centenas de kilometros, não passa de uma vila com muitos nativos, bem rural e longe de se parecer com uma cidade, pelo menos na forma que conhecemos.
No Centro de Informações Turísticas, a maior construção da cidade, perguntamos por um hotel e fomos indicados para o melhor, uma casa, onde a dona tem três filhos e recebe hóspedes no andar de cima.
Nos apresentou o banheiro, a geladeira, o vinho, e nos convidou a ficar a vontade.
Eu já havia me hospedado assim na Suíça e talvez, ela que veio da Alemanha, tenha importado a cultura.
Amanhã vamos descer para o sul pela Alaska Highway.
Uma rodovia construída em 1942 pelos militares americanos para apoio a segunda guerra, chamava Alcan, visava ligar do Alaska aos EUA.
Era motivo de discórdia com os nativos que foram proibidos de usá-la durante a guerra (de trenó acho que atrapalhava o tráfego).
Após a guerra o nome foi trocado para Alaska Highway e todo verão ela entra em obras de recuperação que espero tenham acabado. Afinal, uma das maiores restrições a evolução da viagem são os limites de velocidade, hoje tomamos “uma lavada de um policial”, que educadamente não nos multou, mas é duro andar a 100 km/h.
Bjos tchau.....
Para ver mais fotos dessa etapa clique: AQUI
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