DO ALASKA AO CANADA
Acordamos felizes com a vista do sol pela janela, saboreamos o divino desjejum preparado por nossos anfitriões e ao tocar os pés do lado de fora, um frio de matar.
Jogamos água sobre as motos para tirar o gelo, apanhamos para dar partida nos motores congelados e saímos confiantes, ainda eram oito da manhã, logo iria esquentar, não esquentou!
Na despedida do Alaska curtimos as mesmas vistas maravilhosas, mas o Norte do Canadá, com montanhas, lagos, muitos lagos e uma mata de pinheiros exuberante, é de tirar o fôlego.
Para nós de um pais tropical, é muito diferente, encanta, parece com aquelas paisagens da Suíça na mesma época do ano.
Se tivéssemos que lembrar qualquer coisa a alguém que vai fazer esta viagem, diria para não esquecer a viseira anti-embassante, tem feito muita falta.
Sair antes, um mês antes, o outono já é frio e chove muito.
O dia que começou frio e com sol, terminou mais frio e com chuva forte.
A Alaska Highway que tinha previsão ter obras durante o verão, tinha obras até hoje, kilometros de estrada de terra fofa em obras, que com a chuva forte parecia a “ Banheira do Gugu” , difícil ficar em pé.
Passamos alguns poucos povoados, com raríssimas casas, tudo muito sem ninguém por aqui.
Vimos nas estradas muitos motorhomes, imaginamos se eles não seriam nômades, mas as placas são todas de outras regiões.
A fronteira do Alaska com o Canadá é limpa, arrumada e fria.
A Policial de fronteira que nos recebeu perguntou se tínhamos drogas ou armas, carimbou os passaportes e nos orientou que a partir dali deveríamos cuidar, pois a sinalização seria em kilometros e metros....e litros.
Chegamos, finalmente, após 700 km de serras, a White Horse, no Canadá.
Mais uma vez tivemos que desrespeitar a velocidade máxima permitida.
Chovia muito forte, tipo tempestade e começamos a procurar o centro para encontrar um hotel. Paramos para pedir informações e parou ao nosso lado um cara estranho, com uma moto igual a nossa e nos levou até o hotel.
Nos contou que só andava de moto, chova ou faça sol, o carro fica com a mulher, grávida de oito meses. Existem mais loucos que nós.
Hoje descobri que ao sairmos do Canadá teremos percorrido mais da metade da viagem, de repente, os Estados Unidos ficou pequeno!
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